quando a vista mareja
a mão tateia
a mesa
rememorando
a beleza estranha
que existe no esquecer
o espaço oco
de silêncio
e as estradas mansas
de juízo
o esquecimento é tão belo
quanto a explosão
de um sino.
há beleza
eu sei que há
nas ladeias
e nas vielas
da falta da memória
porque
todo esquecer
guarda um
lembrar-relembrar
e esse balanço
é como aquele movimento
de acordar lindo
sem saber.
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