top of page
Caio Ribeiro

alfaberto

o poema

arma

alfabetos

dentro do

corpo


a letra

entra

lenta

lógica

elétrica

e procura

um lugar

para cravar

caracteres


uma vez armado o alfabeto

a letra

incorpora

traços

como uma ciência

e passa

a fazer

parte

da paisagem

do corpo


o corpo do corpo

a letra da letra

a raiz da raiz


a célula mais

pequena

o instante mais

veloz

a primeira cicatriz

tudo isso

pode ser ex-

perimontado

com a letra

pulsando

o corpo

que

penetra.


0 comentário

コメント


bottom of page