uso, com certa frequência,
força desmedida
em certas
coisas
ao corte da magra cenoura
entrego uma cicatriz nova
a tábua que a segura
ao esfregar o rosto
eu o esfolo
na tentativa de limpá-lo
na louça, já
parti um copo em
dois
e fundei uma cavidade no dedo
apenas tentando
lavá-lo.
acontece que ainda assim
há um outro emprego da força
mais desmedido e
descomunal
quando, no meio da tarde
golpeio na cabeça
o silêncio
que tenta
nascer.